Transparência Brasil assina carta aberta sobre Acordo de Escazú ao Itamaraty

A Transparência Brasil e mais de 140 organizações da sociedade civil assinaram uma carta ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em 23.mar.2023 solicitando envio do Acordo de Escazú para aprovação do Congresso Nacional e ratificação do presidente Lula.

A carta pede que esforços sejam empenhados pelo atual governo para que o Congresso aprove o Acordo, visto que as pautas de defesa do meio ambiente e povos originários foram amplamente defendidas pelo presidente Lula durante as eleições.

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Nova edição do curso do DadosJusBr ensina como investigar supersalários do Judiciário e Ministério Público

Estão abertas as inscrições para a segunda edição do curso on-line gratuito sobre como investigar as remunerações de membros do Judiciário e do Ministério Público (MP). O curso da Transparência Brasil em parceria com a Abraji é voltado a jornalistas e estudantes de jornalismo e faz parte do projeto DadosJusBr, financiado pelo Instituto Betty e Jacob Lafer.

As inscrições começam hoje, 10.abr.2023, e irão até 24 de abril. Inscreva-se preenchendo este formulário. O curso tem início no dia 2 de maio e terá 4 semanas de aulas, totalizando 8h.

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Organizações publicam nota contra retrocessos na Lei das Estatais

Na última quinta-feira (30.mar.2023), a Transparência Brasil, Instituto Não Aceito Corrupção (INAC) e Instituto Ethos se manifestaram sobre a liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu dispositivos da Lei 13.303/2016, a Lei das Estatais. Segundo a nota, é um retrocesso voltar a permitir indicações políticas na administração de empresas estatais.

A decisão do ministro Ricardo Lewandowski de 16.mar.2023 suspendeu parte da Lei das Estatais. Com a mudança, ministros de Estado, secretários estaduais e municipais e dirigentes partidários podem ocupar vagas em conselhos de administração e diretorias nessas empresas.

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Interferência política na saúde indígena prejudica atendimento e gera conflito de interesses

O ex-coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami, Rômulo Pinheiro de Freitas, têm relações estreitas com o senador Antônio Mecias Pereira de Jesus (Republicanos-RR), conhecido por defender o garimpo. Em estudo inédito, a Transparência Brasil analisou a conexão entre ambos, fornecedores de órgãos públicos, empresas associadas ao garimpo e a crise sanitária no território indígena.

O caso evidencia a vulnerabilidade às interferências políticas nos DSEIs, que deveriam ser comandados por pessoas com qualificação técnica adequada, diferentemente de Rômulo. Além disso, ele possuía interesses comerciais junto aos órgãos antes de ser coordenador, através das empresas de seu irmão, Ricardo Pinheiro de Freitas.

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Há 59 anos tinha início o deterioramento da transparência, do controle social e do combate à corrupção com o golpe militar

Em 31 de março de 1964, um regime autoritário de ordem militar se instaurou no Brasil. A frágil democracia brasileira só retornaria duas décadas depois. Mas as marcas da censura perduram até hoje com a enganosa noção de que um regime governado por militares seria mais íntegro.

De acordo com o Datafolha, 68% dos brasileiros acreditam que há mais corrupção na atual democracia do que houve durante a ditadura militar. No entanto, não só havia muita corrupção, como havia muito esforço do regime para impedir que os casos fossem descobertos e divulgados.

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CGU estuda uso de IA e dados da Transparência Brasil para melhorar acesso à informação

Em reunião em 02.mar.2023 proposta pela Secretaria Nacional de Acesso à Informação, da Controladoria-Geral da União (CGU), a Transparência Brasil apresentou o modelo de inteligência artificial (IA) utilizado no Achados e Pedidos, projeto em parceria com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). 

A Secretaria estuda a possibilidade de integrar o classificador de pedidos de acesso à informação da TB, construído a partir de um modelo de IA, ao FalaBR. O algoritmo do projeto analisa pedidos de informação, classificando as respostas dadas pelos órgãos responsáveis como atendidas, não atendidas ou parcialmente atendidas.

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Problemas nos dados dificultam análise das compras públicas do governo federal

Novo relatório da Transparência Brasil aponta que lacunas em dados de compras e licitações do governo federal impedem que a sociedade verifique a qualidade do gasto público. As bases disponibilizadas no Portal da Transparência não contêm informações essenciais, como a quantidade de itens adquiridos, e nem sempre podem ser conectadas entre si, o que impede o acompanhamento do processo de compra. 

O estudo Dados de contratações públicas do governo federal: um quebra-cabeças incompleto analisou 2.764.186 compras feitas em 2020 sob regime emergencial para combate à pandemia de covid-19. Ainda que os dados se encontrem em formato aberto, nem todas as compras estão disponíveis na plataforma. Os problemas se estendem para períodos anteriores.

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Governo federal realizou quase R$ 2 bilhões em compras para combate à pandemia com risco de irregularidades

Uma nova ferramenta da Transparência Brasil detectou sinais de possíveis irregularidades em cerca de R$ 2 bilhões em compras e contratações de serviços realizadas pelo governo federal para combate à pandemia de Covid-19. O sistema de alertas foi lançado nesta segunda-feira (13.fev.2023) e integra a plataforma Tá de Pé – Compras Emergenciais.

O estudo Compras Emergenciais do Governo Federal constatou possíveis irregularidades em 5% dos contratos fechados. As compras analisadas foram feitas entre fevereiro de 2020 e outubro de 2022 por órgãos e instituições do Executivo federal. A falta de transparência na descrição de itens comprados dificultou o processo, destaca a organização.

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TB recomenda uso do cartão corporativo apenas para pequenas compras e prestação de serviços de pronto pagamento

A Transparência Brasil apresentou sugestões à proposta de decreto sobre o uso do Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF), conhecido como cartão corporativo, em consulta pública encerrada em 25.jan.2023. As principais foram excluir as novas possibilidades propostas para usos do cartão e aperfeiçoar as regras de transparência dos gastos.

Atualmente, o cartão corporativo é usado para o pagamento de despesas excepcionais que não podem ser feitas por licitação ou transferência bancária, por exemplo. Em entrevista ao JOTA publicada no último 17.jan.2023, a diretora de programas da TB, Marina Atoji, explicou seu funcionamento.

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Uso indevido do sigilo de 100 anos para negar acesso à informação foi quatro vezes maior no governo Bolsonaro

Em estudo inédito, a Transparência Brasil constatou que o uso indevido da proteção a dados pessoais para negar pedidos de acesso à informação aumentou em quatro vezes no governo Bolsonaro em relação às gestões anteriores. Dos 513 pedidos equivocadamente negados por sigilo de 100 anos registrados de 2015 a 2022, 80% ocorreram durante a gestão do ex-presidente.

As negativas alegam a presença de informações pessoais e se baseiam no artigo 31 da Lei de Acesso à Informação (LAI), que determina restrição de acesso a esse tipo de dados por até 100 anos. No entanto, o relatório “Sigilos de 100 anos”: O uso do art. 31 da LAI em negativas mostra que a aplicação está incorreta, e todos os casos analisados “eram de claro interesse público e sem relação com a intimidade, vida privada, honra e imagem de pessoas”.

Segundo a TB, o uso indevido atingiu sua maior frequência durante o governo Bolsonaro. Os anos de 2019 e 2020 apresentaram as maiores proporções históricas de casos: só em 2019 foram 140 negativas, número maior do que o total registrado durante os governos anteriores. 

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