DadosJusBr inclui remunerações de 14 MPs; consulte benefícios pagos a promotores e procuradores

O DadosJusBr, projeto da Transparência Brasil que obtém, compila, padroniza e disponibiliza as remunerações do sistema de Justiça, adicionou à sua plataforma contracheques dos membros de 14 Ministérios Públicos estaduais. Estão disponíveis remunerações mensais de 2021 a 2023 desses órgãos, que somam R$ 14, 6 bilhões em salários e benefícios. 

Entre os novos MPs, o maior gasto com remunerações de promotores e procuradores foi identificado em São Paulo: R$ 4,5 bilhões, no período de 2021 a 2023. Também foram incluídos dados de AC, AL, BA, ES, PA, PE, PI, RJ, RN, RR, RS, SE, SP e TO, coletados manualmente. 

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Combate a supersalários depende de legislação que não deixe brechas para manobras do Judiciário e Ministério Público

Para combater os supersalários é necessário impedir que estados  e Conselhos do Judiciário e do Ministério Público tenham poder de criar seus milhares de penduricalhos por meio de legislação estadual e atos administrativos.

A Proposta de Emenda à Constituição 45/2024, apresentada pelo governo, traz avanços neste sentido, ao estabelecer que apenas uma lei complementar de abrangência nacional possa definir os pagamentos acima do teto constitucional, criando uma barreira aos benefícios criados sob demanda.

Qualquer alteração no texto que abra brechas para flexibilizar pagamentos acima do teto constitucional, em especial por meio de resoluções dos conselhos superiores do Ministério Público e do Judiciário, atenta contra o esforço de racionalização e moralização dos salários.

Exemplo recente é a licença-compensatória, revelada pela TB, criada sem amparo legal e que se tornou um dos principais penduricalhos do sistema de Justiça, aumentando em um terço o contracheque de magistrados e promotores. Só no Judiciário, ela custou R$ 819 milhões em menos de dois anos.

Licença-compensatória custou R$ 819 mi ao Judiciário em 16 meses e deve ser prioridade para limitar supersalários

Criada sem amparo legal para driblar o teto constitucional, a licença-compensatória já custou pelo menos R$ 819 milhões ao Judiciário em 16 meses, revela análise do DadosJusBr, projeto da Transparência Brasil que obtém, compila e disponibiliza as remunerações. Magistrados que receberam a verba tiveram aumento nos contracheques de, em média, R$ 12,4 mil ao mês.

A licença-compensatória se tornou um dos principais penduricalhos do sistema de Justiça. Em vez de solucionar o problema, o PL dos Supersalários (Projeto de Lei nº 2721/2021), aprovado pela Câmara dos Deputados e sob análise pelo Senado, legaliza o seu pagamento acima do teto, agravando o estrangulamento do orçamento do Judiciário e Ministério Público.

Licença-compensatória, penduricalho recém-criado, custou R$ 819 milhões ao Judiciário em 16 meses

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Por ação da Transparência Brasil, CNJ determina que órgãos do Judiciário corrijam dados de remuneração

Após apontamentos da Transparência Brasil sobre inconsistências e ausência de dados de remuneração dos membros do Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou, em novembro, que 91 tribunais revisem informações para correção de erros dentro dos próximos dois meses. As lacunas de contracheques indicam descumprimento das exigências de transparência do órgão e foram detectadas pelo DadosJusBr, projeto da TB que obtém, compila e disponibiliza os dados do Painel de Remuneração do CNJ.

De jan.2018 a out.2024, o DadosJusBr identificou 581 meses de dados de remuneração ausentes em 72 tribunais, sendo a maior lacuna de informações observada entre os órgãos da Justiça Eleitoral. A ausência dos contracheques impacta na fiscalização sobre o gasto do Judiciário com remunerações e benefícios. Em análise da TB que revelou o pagamento de R$ 4,5 bilhões acima do teto a juízes e desembargadores em 2023, por exemplo, o TJ-PI precisou ser excluído por não divulgar dados individualizados de seus membros. 

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Remuneração média de magistrados em Tribunais de Justiça em 2023 chega ao dobro do limite constitucional

Análise das remunerações de magistrados em 18 Tribunais de Justiça mostra que, em 2023, todos eles pagaram salários brutos médios até duas vezes acima do teto constitucional daquele ano (R$ 41,6 mil mensais a partir de abril). O estudo identificando supersalários foi feito a partir de dados coletados e padronizados pelo projeto DadosJusBr.

TJEs pagaram ao menos R$ 4,5 bi acima do teto constitucional em 2023

Nove Tribunais de Justiça (AP, CE, DF, MT, PA, PB, PI, SE e TO) não apresentaram transparência o suficiente sobre seus contracheques de 2023, o que os deixou de fora desta análise.

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Tribunais de Justiça estaduais e do DF pagaram R$ 4,5 bilhões acima do teto a juízes e desembargadores em 2023

Levantamento inédito do projeto DadosJusBr, da Transparência Brasil, revela que Tribunais de Justiça (TJs) pagaram ao menos R$ 4,47 bilhões em remunerações acima do teto constitucional a seus juízes e desembargadores em 2023. O valor pode ser maior, pois há falhas na transparência dos contracheques de 9 dos 27 tribunais dos estados e do DF. 

Tribunais estaduais pagaram ao menos R$ 4,5 bi acima do teto constitucional em 2023

No ano passado, a maioria (69%) dos 13,2 mil juízes e desembargadores dos 18 TJs que fornecem dados de remuneração completos recebeu entre R$ 100 mil e R$ 499 mil acima do teto constitucional. Para 15% dos magistrados, os ganhos extrateto ultrapassaram meio milhão de reais. 

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Dúvidas sobre as remunerações do sistema de Justiça? Acesse a FAQ do DadosJusBr

As remunerações pagas pelo Judiciário e Ministério Público aos seus membros são compostas por centenas de benefícios, o que gera um extenso e complexo volume de dados. O DadosJusBr, projeto da Transparência Brasil que obtém, compila e disponibiliza esses contracheques, criou uma página de perguntas frequentes para auxiliar você na análise dessas informações.

Na FAQ do DadosJusBr você encontra informações sobre quais verbas são classificadas como benefícios pagos aos membros, se os valores nos contracheques são corrigidos pela inflação, qual a frequência de atualização dos dados no portal, e muito mais. Confira essas e outras informações clicando aqui.

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TB denuncia três MPs por descumprirem regras e esconderem nomes de membros em contracheques

A Transparência Brasil denunciou à Ouvidoria do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) em 7.ago.2024 os órgãos do Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul por ocultar os nomes dos membros nos contracheques divulgados em seus portais. A organização aponta, na representação, que os órgãos estão deliberadamente descumprindo regras e impondo uma opacidade indevida sobre as remunerações de promotores e procuradores. 

Os MPs não incluem os nomes dos membros e servidores na divulgação das remunerações, descumprindo as resoluções nº 89/2012 e nº 200/2019 do CNMP. Os textos estabelecem a obrigatoriedade dos órgãos de publicar contracheques individuais e com a identificação de seus membros nos portais de transparência. Sem a divulgação nominal, não é possível saber quanto cada membro e servidor específico recebeu no mês.

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Remunerações no Painel do CNJ estão 93% completas e disponíveis; lacuna de dados é maior na Justiça Eleitoral

Levantamento do DadosJusBr, projeto da Transparência Brasil, aponta que 93% dos contracheques do período de jan.2018 a fev.2024 estão completos e disponíveis no Painel de Remuneração do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os tribunais da Justiça Eleitoral apresentam a maior quantidade de dados ausentes: somados, os órgãos não divulgaram 232 meses de remunerações.

O DadosJusBr analisou os dados publicados por 92 órgãos no Painel do CNJ, onde realiza a coleta dos contracheques em processo automatizado. Apenas o Tribunal Regional Federal da 6ª Região não foi considerado para o levantamento, pois passou a publicar recentemente as remunerações, após a TB apontar a ausência das informações.

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Aprenda a consultar os dados de remuneração do Judiciário e MP com o DadosJusBr

O DadosJusBr, projeto da Transparência Brasil, agora conta com tutoriais em vídeo para auxiliar você a consultar os dados de remuneração do Judiciário e Ministério Público. Saiba como consultar salários e benefícios dos membros, fazer o download dos contracheques e realizar uma pesquisa avançada nas remunerações de determinados órgãos, vendo na prática.

Na página inicial, você aprende a navegar pelos contracheques dos 107 órgãos cujos dados são coletados pelo projeto, e como funciona o Índice de Transparência, que avalia a facilidade do acesso público às remunerações e a completude das informações divulgadas pelo Judiciário e MP.

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