Cobrança por uso de dados públicos: organizações solicitam veto a trecho de PL

26 organizações da sociedade civil – incluindo a Transparência Brasil – e startups de tecnologia cívica publicam nota crítica ao trecho do PL 317/2021 aprovado no Senado em 25.fev.2021 que permite a cobrança por acessos automatizados a dados públicos. As signatárias pedem que a Presidência da República vete o art. 29, § 3º do PL.

Segundo a nota, o trecho contraria a Lei de Acesso a Informação (12.527/2011) e a própria Constituição Federal, ao impor restrições ao acesso e ao uso de dados públicos. A cobrança também prejudica o desenvolvimento e manutenção de ferramentas digitais que facilitam o controle de gastos públicos e da execução de políticas públicas.

A Open Knowledge Brasil encaminhou a nota por meio de ofício à Presidência da República, à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Ministério da Economia.

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Nota conjunta: Substitutivo a PL altera a Lei de Improbidade Administrativa e impõe graves retrocessos no combate à corrupção

Por meio da Rede de Advocacy Colaborativo (RAC), a Transparência Brasil e outras cinco organizações articularam uma nota pública pedindo a rejeição do substitutivo apresentado pelo deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) ao PL 10.887/2018, que altera a Lei de Improbidade Administrativa (LIA). A manifestação é endossada por outras 36 entidades.

Em setembro passado, as organizações já haviam manifestado preocupação com a falta de transparência e de diálogo com a sociedade na elaboração e discussão do texto. Ver post completo “Nota conjunta: Substitutivo a PL altera a Lei de Improbidade Administrativa e impõe graves retrocessos no combate à corrupção”

Organizações enviam carta aberta ao STF pelo fim da nota de R$ 200

Junto com o Instituto Não Aceito Corrupção, o Transparência Partidária, o Ministério Público Democrático e outras organizações, a TBrasil enviou no último 11.fev.2021 carta à ministra Cármen Lúcia pelo fim da nota de R$ 200. A urgência alegada pelo Banco Central para lançá-la não se confirmou, e a nota de valor alto facilita a corrupção, conforme apontam estudos sobre o tema. Ver post completo “Organizações enviam carta aberta ao STF pelo fim da nota de R$ 200”

Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas denuncia retrocesso de transparência do Ministério da Saúde

Fachada do Ministério da Saúde na Esplanada dos Ministérios. Marcelo Casal Jr./Ag. Brasil

Onze organizações da sociedade civil que fazem parte do Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas – coordenado pela Transparência Brasil – publicaram hoje (10.dez.2020) uma nota técnica com recomendações para melhorias na transparência do Ministério da Saúde quanto aos dados sobre a pandemia do novo coronavírus. O documento será encaminhado a órgãos de controle externo (Controladoria-Geral da União, Tribunal de Contas da União, à Comissão Mista do Congresso Nacional Covid-19, ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União), com um pedido de providências.

Passados seis meses do envio de uma carta assinada por 100 organizações ao governo federal, em repúdio às sucessivas tentativas de eliminar dados públicos relacionados à covid-19, o novo documento denuncia a falta de atualização de boletins epidemiológicos e atrasos na divulgação de dados sobre a doença e sobre iniciativas para mitigar seus efeitos, como números de leitos, distribuição de testes e de medicamentos hospitalares. A manifestação pública cita ainda as estratégias usadas para prejudicar a cobertura jornalística da maior crise sanitária da história recente.

O texto identifica problemas em ao menos “sete pontos da transparência do Ministério da Saúde relacionados à pandemia de covid-19, de janeiro a novembro de 2020. Algumas reduziram o acesso direto da sociedade a informações; outras comprometeram o acesso a informações de maneira indireta, mas igualmente grave”. Ver post completo “Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas denuncia retrocesso de transparência do Ministério da Saúde”

Transparência Brasil assina nota pública em repúdio a nomeação de conselheiro do TCE-AC

Nesta quarta-feira, 11.nov.2020, a Transparência Brasil assinou uma nota pública junto a outras cinco organizações em apoio às entidades representativas do controle externo no Brasil. A nota repudia a nomeação de um novo conselheiro não auditor no Tribunal de Contas do Acre (TCE-AC), por contrariar o que manda a Constituição.

Em agosto, a Assembleia Legislativa do Acre rejeitou a indicação da auditora do Tribunal Maria de Jesus Carvalho de Souza para a vaga do conselheiro José Augusto Araújo de Faria (morto em julho), embora ela seja conselheira substituta como determina a Carta Magna. No final de outubro, o secretário de estado da Casa Civil, José Ribamar Trindade de Oliveira, foi nomeado pelo governador Gladson Cameli (sem partido) e aprovado pela Assembleia Legislativa para a vaga.

Relatório da TB já apontou que os Tribunais de Contas brasileiros com frequência não cumprem os requisitos legais para nomeação dos seus conselheiros, comprometendo assim a lisura e a efetividade de suas ações.

Confira abaixo a nota que apoia o ofício das entidades Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (ATRICON), Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros-Substitutos dos Tribunais de Contas (AUDICON), Associação Brasileira dos Profissionais do Setor Terciário (ABRACON), Associação Nacional do Ministério Público de Contas (AMPCON), Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC), Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil (ANTC) e o Associação dos Auditores de Controle Externo do Estado do Acre (Aud-TCE/AC) e repudiando a nomeação pelo governador do Acre. Ver post completo “Transparência Brasil assina nota pública em repúdio a nomeação de conselheiro do TCE-AC”

Nota conjunta: Pela transparência dos documentos da Reforma Administrativa

Nesta segunda-feira (5.out.2020), a Transparência Brasil e outras seis organizações publicaram nota conjunta apontando a ilegalidade de aplicar sigilo a documentos que embasam a proposta de Reforma Administrativa apresentada ao Congresso Nacional. As organizações reforçam a necessidade de corrigir a violação do direito à informação, cuja consequência, em última instância, é a restrição democrática.

Leia a íntegra da nota

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Nota conjunta: Entidades pedem mais transparência na tramitação do PL que altera a Lei de Improbidade Administrativa

A Transparência Brasil junto a outras quatro organizações assinou nesta terça-feira (8.set.2020) uma carta aberta à Presidência da Câmara dos Deputados solicitando mais transparência na tramitação do Projeto de Lei 10.887/2018 que altera a Lei de Improbidade Administrativa (8.429/1992). 

O projeto apresentado pelo deputado federal Roberto de Lucena (PODE-SP) em 2018 está sob análise de uma comissão especial da casa e, segundo o site da Câmara, teve sua última movimentação em novembro do ano passado. Mas, informalmente, circula um texto substitutivo ao PL que já recebeu considerações públicas contrárias do Ministério Público Federal e do Conselho Nacional dos Procuradores Gerais. Isso mostra que as discussões sobre o projeto de lei estão acontecendo, mas a população não está sendo informada.

Essa não seria a primeira vez que o Congresso Nacional utilizaria manobras para dificultar o acesso da sociedade civil à textos legislativos que não são tão bem vistos pela opinião pública. Em junho, o relator da “PL das Fake News” apresentou o texto substitutivo poucas horas antes da votação, após já ter articulado com outros senadores, sem que a sociedade pudesse debatê-lo. Em 2019, a mesma coisa aconteceu na votação que alterou a lei partidária, também com o intuito de obstruir a participação da sociedade civil e dar tempo para demais legisladores refletirem sobre o PL.

Confira a carta na íntegra:  Ver post completo “Nota conjunta: Entidades pedem mais transparência na tramitação do PL que altera a Lei de Improbidade Administrativa”

Nota Conjunta: Carta aberta à Ministra Carmen Lúcia a respeito da nota de R$ 200

A Transparência Brasil, junto a outras oito organizações, assinou nesta sexta, 28.ago.2020, uma nota endereçada à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o Banco Central apresentar argumentos contrários à ADPF 726, na qual três partidos políticos pediram ao STF que a criação da cédula de R$200 fosse suspensa.

As organizações da sociedade civil afirmam que os argumentos apresentados pelo BC são contraditórios e não ‘fundamentam com suficiência’ a necessidade de criação da nova nota. Nas informações prestadas pelo órgão após determinação da ministra, a falta de moeda é um risco prestes a acontecer, caso a nova nota não seja posta em circulação. No início de agosto o mesmo Banco Central informou que esse risco era inexistente e o lançamento da cédula de R$200 era uma ação meramente preventiva. Os documentos que motivaram a decisão, e os seus estudos técnicos, foram colocados em sigilo por um ano.

Confira a carta na íntegra Ver post completo “Nota Conjunta: Carta aberta à Ministra Carmen Lúcia a respeito da nota de R$ 200”

Nota pública: Pela proteção de dados do Sleeping Giants Brasil

Externando preocupação com a segurança de quem acessa à internet no Brasil, a Transparência Brasil, junto a outras 42 organizações, assinou nesta quarta-feira uma nota pública do Pacto pela Democracia em apoio à anonimidade do Sleeping Giants Brasil. 

O grupo, que surgiu em 2016 nos Estados Unidos e iniciou as atividades no Brasil em maio deste ano, mobiliza cidadãos para alertar empresas que possam ter veiculado publicidade em sites de notícias falsas e discurso de ódio. Eles já conseguiram fazer com que o Banco do Brasil suspendesse a publicidade em um jornal sul-matogrossense que forja a identidade de jornalistas em suas matérias.

A juíza Ana Paula Caimi, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, determinou que o Twitter informe dados cadastrais e endereço de IP dos responsáveis pelo Sleeping Giants, mesmo sem nenhum indício de crime. A decisão vai contra o Marco Civil da Internet e pode abrir caminho para injustiças na liberdade de expressão virtual.

Confira a nota na íntegra

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Nova cédula de 200 reais pode facilitar corrupção

A Transparência Brasil assinou junto a outras nove organizações uma nota pública na última segunda-feira (3) pedindo que o Banco Central revise a adoção da cédula de 200 reais. Em 2019, representantes das entidades reivindicaram o encerramento da produção de notas de 100 reais.

O documento mostra que cédulas de valores altos em circulação têm impacto negativo no combate à corrupção e na segurança pública. Elas favorecem o transporte e a ocultação do dinheiro, são as preferidas do crime organizado e um atrativo à atividade de quadrilhas especializadas em roubo a bancos e a transportadoras de valores. Ver post completo “Nova cédula de 200 reais pode facilitar corrupção”