Na noite do último 2.jun.2021, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) Wagner Rosário afirmou que “está em andamento ação de controle com o objetivo de apurar a alegada suspeita” de superfaturamento em compras públicas realizadas pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). A suspeita foi revelada em reportagens do Estadão no início de maio.
A afirmação faz parte da resposta do ministro ao pedido de esclarecimentos apresentado no dia anterior por Transparência Brasil, Agenda Pública, Instituto Ethos, Observatório Social do Brasil e Universidade de Brasília a respeito de investigações da CGU a respeito do chamado “orçamento secreto“. Foi a segunda demanda sobre o assunto, reforçando a primeira enviada em 12.mai.2021.
Rosário informou que referida a ação de controle foi instaurada a pedido do titular do MDR, Rogério Marinho.
Quanto às emendas de relator – origem dos recursos usados nas compras suspeitas de superfaturamento e do “orçamento secreto” -, o ministro da CGU afirmou que “desde o início de 2020 já tínhamos iniciado oito ações de controle sobre a aplicaçāo [desses recursos]”. Segundo ele, a pasta “está realizando estudos com o intuito de aprimorar a transparência dos recursos com indicação de resultado primário 9 [as emendas de relator], incluindo-se aí o detalhamento das indicações feitas pelo relator do orçamento”.
Wagner Rosário atribuiu a demora na resposta ao pedido de esclarecimentos por parte das organizações que compõem o Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção (CTPCC), vinculado à CGU, a “questões de trâmites internos”. A primeira comunicação só teria chegado ao conhecimento do ministro em 28.mai.2021.