Em 9.abr.2024 a Transparência Brasil apresentou ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) os resultados de um teste de usabilidade do Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) e as recomendações de melhoria para o portal. A avaliação, que tem o objetivo de aprimorar o PNCP como uma ferramenta de controle social, foi realizada dentro do escopo do projeto Medicamentos Transparentes em parceria com a Open Contracting Partnership (OCP) e a Controladoria Geral da União. Esta entrega foi acordada com o MGI em workshop da OCP que aconteceu em 7 e 8.nov.2023, em São Paulo.
Na reunião estiveram presentes quatro representantes do MGI, incluindo Everton Santos, diretor de logística do Ministério. Ele comprometeu-se em encaminhar as recomendações da TB à Serpro, empresa responsável pelo desenvolvimento do PNCP, para orçar e estimar prazo de implementação.
O relatório, apresentado pela diretora executiva da TB Juliana Sakai, mostra os resultados obtidos a partir de entrevistas com pessoas com interesse em controle social, mas que não conheciam o PNCP. As dificuldades na resolução de tarefas durante as entrevistas revelaram problemas de usabilidade nas seguintes áreas: 1) busca e filtros, 2) navegação e 3) conteúdo da página. A partir dessa avaliação, a organização listou uma série de recomendações com exemplos concretos para resolução desses problemas.
Na parte de busca e filtros, por exemplo, a TB constatou que não existe um retorno claro do sistema quanto ao êxito da pesquisa realizada no portal, o que torna difícil para o usuário entender se a busca foi bem sucedida. Há soluções simples de e-commerce para este problema, como a devolutiva de quantos resultados a busca retornou.
Para a TB, o aprimoramento da experiência do usuário é fundamental para que o PNCP cumpra seu papel. “Os testes de usabilidade revelam que problemas críticos precisam ser resolvidos para que o portal possa ser utilizado para o controle social. Seria um enorme desperdício a construção de uma base de dados de contratações de todo o país, que não consegue informar facilmente o cidadão onde encontrar o preço de cada item contratado”, afirma Sakai.
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