TB participa de reunião para discutir a elaboração de pacto da ONU sobre direitos digitais e Inteligência Artificial

A Transparência Brasil participou, em 6.jul.2023, de reunião on-line exclusiva para organizações da sociedade civil sobre regulação de Inteligência Artificial (IA) com a embaixadora da Suécia, Anna Karin Eneström, e o embaixador de Ruanda, Claver Gatete.  O encontro fez parte do processo para elaboração do Global Digital Compact (GDC), um pacto sobre direitos digitais a ser proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2024. Eneström e Gatete são os co-facilitadores do processo.

O GDC é um dos fóruns internacionais de que a Transparência Brasil participa no projeto “AI & Human Rights: Shaping the Outcomes of Relevant International Discussions” (em tradução livre, “IA e Direitos Humanos: Moldando os resultados de discussões internacionais relevantes”), da organização Global Digital Partners (GDP). A TB foi selecionada para receber financiamento do projeto por conta de suas atividades pioneiras no tema da transparência algorítmica.

O encontro aconteceu em resposta a uma carta enviada aos diplomatas pela GDP e pela Access Now  (ONG que defende e busca ampliar os direitos civis digitais internacionalmente), apontando problemas na participação social no processo de elaboração do pacto global. Durante a sessão temática sobre IA do GDC, em 25.mai.2023, os representantes dos países, da academia e do setor privado ocuparam a maior parte do tempo de fala. 

Na reunião exclusiva, organizações da sociedade civil de vários países levaram duas demandas comuns em relação ao processo de elaboração do GDC e ao que deveria constar nas contribuições sobre Inteligência Artificial ao pacto: o estímulo à participação social de forma inclusiva e diversa, e a adoção da promoção das igualdades de gênero e de raça como elemento central nas discussões sobre regulação de IA.

O secretariado do Enviado Especial para Tecnologia do Secretário-Geral da ONU, responsável pelo processo de elaboração do Global Digital Compact, acompanhou a reunião com a sociedade civil. A carta com demandas por mais participação da sociedade também foi endereçada ao Enviado.

Entenda mais

O Global Digital Compact (GDC) é um pacto previsto na Agenda Comum proposta pelo Secretário-Geral das Nações Unidas desde setembro de 2021. Participam do processo de elaboração do GDC países integrantes da ONU, setor privado, terceiro setor, academia, entre outras instituições. O objetivo do pacto é desenvolver princípios comuns para um futuro digital seguro, aberto e livre. 

Além desse fórum, as atividades da TB no projeto “IA e Direitos Humanos” da Global Digital Partners envolvem participação no processo de elaboração de regulação de Inteligência Artificial do Conselho da Europa (que resultará em uma regulação aplicável a toda a União Europeia) e das ações da UNESCO na área de Inteligência Artificial. A TB faz parte do projeto desde 2021, tendo apresentado contribuições às recomendações da UNESCO sobre Ética no uso de Inteligência Artificial. A fase atual teve início em março deste ano, e se encerra em março de 2024.

[Artigo] Informação, um patrimônio público

Por que o acesso à informação é um direito que deve ser defendido por todos nós? A pergunta é ainda mais oportuna neste 28 de setembro, Dia Internacional do Acesso Universal à Informação. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas exatamente para lembrar que os dados produzidos, arquivados, organizados e administrados pelo estado são também um patrimônio público, que devem estar ao alcance de toda a sociedade.

É por meio da informação oficial e confiável que a população acompanha e monitora o poder público. Da demora em realizar um exame médico aos gastos corporativos do deputado. Da fila de vagas em creches ao aumento do desmatamento da Amazônia. Da limpeza da praça do bairro ao PIB do país. As informações públicas são nossas e precisam estar ao alcance de todos.

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Relatório das Nações Unidas sobre direito à privacidade na era digital contará com recomendações da TB

A Transparência Brasil fez recomendações de regulamentação do uso de Inteligência Artificial (IA) em resposta à chamada pública do Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos (OHCHR) das Nações Unidas para um novo relatório de direito à privacidade na era digital. As sugestões foram submetidas pela Global Partners Digital (GPD) e incluem contribuições das organizações Derechos Digitales, Paradigm Initiative Nigeria (PIN), The Nigeria Network of NGOs (NNNGO) e Fundación Karisma. 

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