Transparência Brasil atualiza logomarca

A partir desta quarta-feira (27.jan.2021), a Transparência Brasil tem uma nova versão para seu logotipo. A atualização da marca tem o objetivo de facilitar o reconhecimento da instituição e diferenciar as informações por ela produzidas diante do atual cenário de desinformação.

Buscou-se modernizar a identidade visual da organização, mantendo-se a conexão com sua trajetória consolidada. O laranja, cor quente alinhada com a alma ativista da instituição, continuará a ser primária na comunicação. A cor azul é adicionada representando a aproximação com a tecnologia e o profissionalismo. A letra T, em conjunto com as cores próximas às da bandeira, promove a associação imediata entre o símbolo e o nome da organização.

A Transparência Brasil opera há vinte anos com investimentos mínimos em marketing, alavancada pela relevância da informação que produz e pela sua atuação transformadora. E é assim que seguirá seu caminho.

Para revelar as brechas no sistema público que desencadeiam a corrupção, financie a Transparência Brasil.

Nova Lei de Licitações tem avanços significativos, mas também riscos, afirma Transparência Brasil

O Senado Federal aprovou no último 10.dez.2020 o PL 4.253/2020, que estabelece a nova Lei de Licitações. A Transparência Brasil produziu uma primeira análise dos impactos do texto na prevenção e redução da corrupção em compras públicas. Segundo Manoel Galdino, diretor-executivo, “a avaliação dá um panorama sobre os temas mais caros à organização e sobre os quais podemos falar com mais domínio”.

O documento aponta que a nova legislação (que ainda aguarda sanção e eventuais vetos da Presidência da República) contém medidas importantes para reduzir riscos de fraude ou sobrepreço e promover a eficiência das licitações e contratos. Também inclui avanços na transparência dos processos de compras públicas. Ver post completo “Nova Lei de Licitações tem avanços significativos, mas também riscos, afirma Transparência Brasil”

Governo Bolsonaro tem 99 militares comissionados na gestão socioambiental

Reportagem: Taís Seibt e Maria Vitória Ramos

Nove órgãos federais responsáveis pela gestão de políticas socioambientais no Brasil têm 99 militares em cargos comissionados, conforme levantamento exclusivo feito pelo projeto Achados e Pedidos para o Monitor de Dados Socioambientais, desenvolvido por Abraji, Transparência Brasil e Fiquem Sabendo, com financiamento da Fundação Ford. O relatório foi produzido a partir de dados obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) e verificados em portais da transparência e diários oficiais da União e dos Estados.

Foram questionados diretamente órgãos federais com atuação na área socioambiental, o Ministério da Economia e os Comandos das Forças Armadas. Diante de inconsistências encontradas, principalmente por diferenças na data de extração dos dados em cada órgão, foram verificados os vínculos de todos os servidores listados para chegar à relação atualizada de militares comissionados em atividade nos órgãos ambientais.  Ver post completo “Governo Bolsonaro tem 99 militares comissionados na gestão socioambiental”

Webinar do Tá de Pé Merenda: nova plataforma para monitoramento da alimentação escolar

Nesta quarta-feira (22/07), às 15 horas, a Transparência Brasil realiza o webinar de lançamento da plataforma Tá de Pé Merenda. A ferramenta reúne informações de licitações e contratos de alimentação escolar por município, possibilitando seu acompanhamento e monitoramento pelos atores engajados no controle social de políticas públicas.

A iniciativa faz parte de uma série de ações e projetos da Transparência Brasil voltados à fiscalização das políticas públicas de educação. Desde 2017, a ONG realiza o monitoramento de obras de escolas e creches públicas financiadas no âmbito do Proinfância, especialmente através do aplicativo Tá de Pé e do projeto Obra Transparente. Assim como nos projetos anteriores, o controle social será feito em parceria com o Observatório Social do Brasil A plataforma, no entanto, será aberta a todos que queiram monitorar localmente as compras de alimentação escolar.

Neste primeiro momento, a versão beta da plataforma conta somente com os dados de contratos e licitações dos municípios do Rio Grande do Sul. A base de dados será ampliada na medida que estes forem disponibilizados pelo poder público.

O webinar ocorrerá às 15 horas e terá duração de uma hora. É necessário realizar inscrição prévia para receber o link da transmissão. Inscreva-se pelo formulário e participe! 

Vaga: estágio em comunicação

Sobre a Transparência Brasil

A Transparência Brasil é uma das mais importantes organizações da sociedade civil voltadas para promoção de transparência, controle social e integridade do poder público. Além de fonte frequente da imprensa nesses temas, representamos a sociedade civil em audiências públicas e em diversos conselhos da administração pública. Nossas informações, posicionamentos e projetos primam pela excelência e pioneirismo da contribuição e intervenção.

Se você quer trabalhar em uma organização com impacto, relevância nacional e reconhecida pelos principais atores da área de transparência e imprensa, este trabalho é para você. Somos especialistas na temática de transparência pública e produzimos conhecimento, reflexão e impacto nesta área transversal à administração pública.

Perfil

É necessário que o/a candidato/a esteja matriculado a partir do quinto semestre nos cursos de jornalismo, publicidade e propaganda e áreas correlatas de comunicação.  O/A candidato/a deve ser organizado/a, ter excelentes capacidades de redação e interpretação de texto e demonstrar interesse em temas de política e administração pública brasileira, transparência, accountability e controle social. É necessário que seja ainda proativo/a, tenha capacidade de trabalhar à distância e esteja disposto/a a trabalhar com uma equipe enxuta. São necessários conhecimentos do pacote Office e familiaridade com redes sociais. São desejáveis inglês intermediário e conhecimentos de design gráfico e programas de edição gráfica.

Descrição das atividades

O/a estagiário/a dará suporte em atividades de comunicação institucional e às atividades dos projetos da Transparência Brasil. Destacam-se:

  • preparação da newsletter mensal;
  • redação e revisão de textos para o blog;
  • apoio na elaboração e no monitoramento de campanhas digitais;
  • apoio na criação de peças gráficas para redes sociais;
  • atualização de redes sociais;
  • diagramação de relatórios;
  • redação de releases;
  • clipping de notícias da Transparência Brasil.

Local de trabalho

Nosso escritório está localizado na Rua Professor João Marinho, 161, no bairro do Paraíso, em São Paulo, SP. Por conta da pandemia de Covid-19 estamos trabalhando de forma remota e avaliaremos como será a demanda de trabalho presencial após o fim da pandemia. Caso não resida em São Paulo, mas tem interesse no trabalho, indique no currículo.

Carga horária: 30 horas semanais

Valor da bolsa: R$ 1.400 

Duração: 6 meses, com possibilidade de extensão.

Candidaturas

Interessados devem enviar e-mail com currículo resumido de até duas páginas e carta de motivação até 05 de julho para [email protected]. Somos uma organização que valoriza a diversidade e encorajamos pessoas LGBTQ+, mulheres e pessoas pretas, pardas e indígenas a concorrer neste processo seletivo. Candidaturas sem carta de motivação serão desconsideradas.

Novo projeto da Transparência Brasil para o controle social de algoritmos governamentais

Câmeras de reconhecimento facial que identificam pessoas nas ruas e no metrô. Programas com machine learning que identificam casos com maior probabilidade de ter cometido corrupção. Algoritmos que sorteiam aleatoriamente ministros para distribuição de processos.

A maioria de nós certamente já ouviu a respeito do governo fazendo uso de inteligência artificial para implementar suas políticas e processos, mas sem entender bem se por trás do hype da tecnologia, a ferramenta seria eficaz ou não para atingir seus objetivos. Tampouco sabemos se esses algoritmos promovem ou acentuam injustiças sociais, e se representam algum tipo de ameaça à liberdade civil ou à privacidade de cidadãos.

A falta de entendimento a respeito do uso deste tipo de tecnologia não é a toa: falta transparência e regulamentação do governo sobre ela.

Entendendo a importância da questão, a Transparência Brasil iniciará em julho um projeto de monitoramento do uso de algoritmos pelo governo. Em parceria com a Northwestern University, que realiza um trabalho semelhante nos Estados Unidos, faremos um mapeamento do uso de inteligência artificial pelo governo para avaliar possíveis riscos que essas ferramentas representam a direitos e liberdades civis.

A partir deste diagnóstico, será possível elaborar recomendações para que o governo federal regulamente nacionalmente o uso de inteligência artificial de forma a respeitar os direitos humanos e não comprometer o espaço cívico.

Este projeto da Transparência Brasil foi escolhido pelo International Center of Not-for-Profit Law (ICNL) para um financiamento semente de seis meses, direcionado exclusivamente a participantes do Tech Camp for Civic Defenders – imersão em machine learning que ocorreu em fevereiro na Universidade de Stanford e da qual participou nossa diretora de operações, Juliana Sakai.

Transparência Brasil participa de workshop do European Research Centre for Anti-Corruption and State-Building

Professora e pesquisadora da Hertie School of Governance, especialista em combate a corrupção, Dra. Alina Mungiu-Pipidi conduziu um workshop de três sessões, entre 03 e 11 de junho, direcionados a organizações da sociedade civil que trabalham com o tema em todo o mundo. Ela apresentou um framework para entender a corrupção sistêmica como uma característica de um padrão amplo de relação entre estado e sociedade, desenhado por incentivos e restrições à corrupção.

Partindo de uma agenda que tenta entender por que e como algumas sociedades evoluíram para um equilíbrio em que a corrupção não é a regra do jogo, ela identifica uma importância histórica dos déspotas esclarecidos – uma autoridade centralizada que rompeu o equilíbrio e impôs novas regras de imparcialidade entre o estado e universalismo das políticas adotadas direcionadas ao cidadão moderno.

Em poucos casos, num contexto democrático, isso se deu via demanda da sociedade civil. O caminho democrático, embora seja mais árduo e longo, é a única estratégia viável para o restante dos países que não contaram com uma liderança que implementasse políticas de boa governança.

Processos que envolveram ajuda externa a países em desenvolvimento, com a imposição de reformas legais de cima para baixo não funcionou, porque não há a base de normas sociais para que leis e instituições de combate à corrupção sejam implementadas a sério. O combate à corrupção depende mais de comportamento da sociedade civil e internalização de normas num equilíbrio evolutivo, do que reformas institucionais apenas.

Com base em exemplos reais, Mungiu-Pipidi elenca incentivos e restrições para corrupção. Dentre os incentivos estão poder discricionário e recursos materiais. Do dado das restrições, abordou autonomia do judiciário, imprensa livre e sociedade civil. A partir da operacionalização destes componentes, Mungiu-Pipidi e o European Research Centre for Anti-Corruption and State-Building (ERCAS) construíram o Índice de Integridade Pública.

Para saber mais, assista aos três vídeos do workshop aqui.