Em reunião em 02.mar.2023 proposta pela Secretaria Nacional de Acesso à Informação, da Controladoria-Geral da União (CGU), a Transparência Brasil apresentou o modelo de inteligência artificial (IA) utilizado no Achados e Pedidos, projeto em parceria com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
A Secretaria estuda a possibilidade de integrar o classificador de pedidos de acesso à informação da TB, construído a partir de um modelo de IA, ao FalaBR. O algoritmo do projeto analisa pedidos de informação, classificando as respostas dadas pelos órgãos responsáveis como atendidas, não atendidas ou parcialmente atendidas.
O estudo LAI: Dados de atendimento não refletem a realidade utilizou a tecnologia para revisar o índice oficial de atendimento a pedidos de informação por órgãos federais. A conclusão foi de que 20% deles foram classificados por servidores públicos como “atendidos”, mas não forneceram a informação solicitada.
A Secretaria também se interessou pelos dados da análise “Sigilos de 100 anos”: O uso do art. 31 da LAI em negativas. Para este relatório, a TB criou uma base de mais de 1.300 negativas de acesso à informação classificadas como incorretas ou corretas, que poderiam ser utilizadas para treinar um novo modelo de IA.
Segundo a diretora executiva da TB, Juliana Sakai, o uso de inteligência artificial pelo governo pode melhorar o atendimento à Lei de Acesso à Informação. “Ainda que a revisão humana seja necessária para garantir uma classificação precisa, o uso de modelos de IA pode ajudar servidores e a própria CGU a encontrar falhas no processo de classificação humana e melhorar, assim, a qualidade do acesso a informação”, afirma.