Projor e Insper lançam manual de eleições municipais 2020

O Projor (Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo) em parceria com o Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) lançou no último dia 5 o Manual GPI Eleições Municipais 2020, cuja elaboração contou com participação da Transparência Brasil. O manual é um guia básico destinado a repórteres e cidadãos interessados em temas relativos às eleições municipais.

Pela primeira vez, a Transparência Brasil participou do projeto contribuindo com informações sobre a legislação que trata da transparência no país e ferramentas para o controle social da gestão pública municipal. “No manual, mostramos como a transparência é preciosa para uma cobertura aprofundada de questões locais, algo fundamental para um debate democrático”, conta Marina Atoji, gerente de projetos da Transparência Brasil.

O manual integra o projeto Grande Pequena Imprensa (GPI) e na sua segunda edição traz seções sobre ética jornalística, checagem e verificação de conteúdo, para auxiliar na cobertura do pleito. Angela Pimenta, diretora de operações do Projor, reconhece o papel do jornalismo local para uma campanha democrática: “Especificamente para as próximas eleições, acreditamos que para termos uma campanha baseada em programas de governo que visem o interesse da população e sejam factíveis, é necessário que a cobertura se baseie em evidências factuais e nos respectivos marcos legais.”

Publicado desde 2016, o manual funciona como um agregador, reunindo de forma acessível informações qualificadas do panorama municipal brasileiro. Junto com o Raio-X dos municípios, projeto do Insper que compara indicadores de cidades semelhantes, essas ferramentas permitem, para além do uso da imprensa, um controle cidadão de questões relevantes para o município. Estas ações ampliam o debate democrático a nível local em todo o país, como explica Pimenta: “Estamos facilitando a participação da sociedade na vida política em nível local. Isso é positivo para o conhecimento sobre o que se passa no governo municipal, possibilitando o fortalecimento do controle social”. Marina Atoji complementa: “Tão relevante quanto monitorar o poder público federal, é importante ter olhares qualificados sobre o poder público nas cidades e suas regiões.”